Papéis avulsos

De uns anos para cá, veio a questão dos papéis. Sim, sempre os papéis... De onde veio esse hábito terrível de guardá-los? E não são folhas A4, mas sim papéis de bloquinho, esses que podem ser facilmente perdidos ou esquecidos em qualquer lugar. Ou até mesmo levados pelo vento - venta tanto por aqui... Além deles, há outros papéis - pequenos por natureza - que habitam minhas gavetas e quadro magnético.

Telefones... cabelereiro, academia, livraria, amigos, escolas, auto-escola (ai meu Deus!). Bula de remédio? Não, não fico doente. Nunca. Milhares de lembretes. Renovar livros. Comprar dicionário. Ligar para X, Y e Z. Banco. Providenciar lista de documentos. Prazos justos. Prazos em longo prazo. Planos em curto e médio prazo. Os em longo prazo prefiro guardar na cabeça por enquanto.

Comprovantes. Canhotos. Comprar comida para o beta. Marca-livros caseiros. Cálculos toscos (em 90% das vezes é regra de três). Agrados futuros para quem se ama. Agrados passados de quem nos ama. Bilhetes cômicos de minha irmã. Mensagens carinhosas de minha mãe. Um carta de amor. Uma foto em preto-e-branco dos três. Citações teóricas para a pós e outras que simplesmente me inspiraram, ainda que encontradas em livros teóricos. Citações literárias e citações de amigos. Citações de músicas. O sândalo perfuma o machado que o feriu. Todas juntas. E eu pensando: Diante de tudo isso, qual é o meu papel?

E claro, minhas notas aleatórias de extrema importância:

"arrastar as asas" (gíria idosa)

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