Ela faz cinema
Despiu-se do último véu e viu:
...
Encarou-se com serenidade - e não como se tivesse feito uma grande descoberta.
Havia coisas que enterrara tão fundo em si mesma que nem mais lembrava, mas sabia que estavam lá. Era só passar a tarde deitada no quarto, o sol entrando pela janela sobre ela e era gato preguiçoso.
Mas a preguiça do corpo não era a preguiça da alma e ela pensava. Em tudo.
Por que esconder?
Porque era preciso. Não havia porque expor suas necessidades se ninguém parecia dar conta delas. E então se fazia forte. Um rochedo. Uma pedra no caminho alheio?
E mentia tão bem que parecia saber que não queria o que queria e que não precisava do que precisava.
E estava tudo bem.
Antes isso do que ficar para trás.
Comentários
Fodásticos. kkkk