"You say good bye and I say hello"

Foi o tarô que me disse ou a sua mão cheia de calos, de tanto tocar violão?

Talvez nem precisasse de muito ou tanto: basta trocarmos palavra e já se vê que cada um navega numa direção. Eu, sempre com bússola. Você, sem você mesmo.

Estava cá eu procurando uma palavra para a massa amorfa que tudo virou. Se é amorfa, poderíamos dar a ela a forma que quiséssemos - só que não é bem assim. Nada bom, nada bem.

Nem inodoros, nem insípidos, nem incolores - transbordamos tudo isso, então não é daí que vem o que nos falta - e as nossas faltas. 

Achei palavras: inconciliáveis, improváveis... Incompatíveis. É bem isso o que somos (não?) e se o digo é com um pesar de fim de tarde, o sol se pondo, a noite esfriando.

Somos cheios de nãos, em prefixos, fixos nas concessões que não fazemos.

Simples como um novelo de lã, cujo fio, puxado do modo correto, é capaz de produzir belas tramas, redes, enredos, tecidos, encantos. Mas puxar errado é balaio de gato: um nó só sem nós.

Como então dividir a jangada e remar junto quando a direção é diferente?


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