Lili e o Império da Frieza Mamórea

O azul-decepção pintava-lhe o coração – ela não gostava daquele matiz, era o único do qual não gostava. Estava cansada, muito cansada. Inclinou a cabeça para a esquerda, pensando no que fazer. Examinou seus bolsos e bolsas. Estavam vazios: nenhum sinal de raiva ou angústia. Lavou o coração e tendo continuado azulado e levemente encardido, tingiu-lhe com as cores da manhã – aquecendo suas mãos e olhos. Mas certas coisas eram necessárias, pensou ela politicamente. Ainda que cansada, deu um golpe de estado e instaurou o Império da Frieza Marmórea, no qual a indiferença era carinhosamente cultivada no jardim de seu palácio entre flores como o amor-perfeito e não-te-esqueças-de-mim.

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