20 e poucos anos: Maternidade

Cheguei em casa agora há pouco: uma tristeza ver o Corinthians perder. Lô tinha ficado em casa para cuidar da filha de uma amiga nossa. Filha pequena e eu imaginando como Lô havia de dar conta da menininha (não tem o mínimo jeito com crianças de quaisquer idades)... Lô anda com essas idéias de maternidade na cabeça e o bebê só a deixou mais entusiasmada... e angustiada também.

Entrei na sala. Lô cantava baixinho:

How many roads must a man walk down,
before you call him a man?
How many seas must a white dove fly,
before she sleeps in the sand?
And how many times must a cannon ball fly,
before they're forever banned?
The answer my friend is blowing in the wind,
the answer is blowing in the wind.

Era uma cena comovente: Lô a meia luz com o bebê no colo, murmurando a canção suavemente. Fiquei observando na surdina, admirado. Era um lado de Lô que eu não conhecia. Suspeito que ela mesma não conhecesse. Acho que a vida tem dessas coisas mesmo.

Dali a pouco ela voltava do quarto: o bebê tinha dormido e ela vinha me receber com o afago costumeiro. Andava diferente e eu querendo saber o porquê, mas preferia não perguntar. Acabei por perguntar outra coisa:

- Blowing in the wind?

- É.

- Algum motivo especial?

- Era isso ou Joana Francesa.

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