My blueberry nights [1]
"I don't know how to begin/ Cause the story has been told before/ I will sing along I suppose/ I guess it's just how it goes"
Às vezes é preciso andar muito para se chegar onde se quer. A caminhada pode ser concreta. Ou metafórica. Nem sempre se sabe onde se quer chegar. Por vezes, isso é um mero detalhe: a necessidade é sair do lugar, seja para onde for.
Mas também tem aquela coisa: você precisa de um destino para saber que metrô tomar. Consolação ou Paraíso? Sei lá, pode-se arriscar, fechar os olhos e escolher ao acaso: vamos ver o que pode acontecer...
Quando me reencontro, volto ao eixo. Sem desleixo, você se recolhe, se remonta. E, não mais do que de repente, está pronto. De novo. Porque na vida a gente se perde e se encontra. Inúmeras vezes. E cruzamos com muitos outros na mesma situação que nós. Ocasionalmente, esbarramos com pessoas no mesmo momento do que nós, no mesmo timing.
Escolhemos a pessoa errada. Apostamos tudo num jogo e perdemos tudo. Nos apegamos ao que não nos trará nada, por acreditarmos, por exemplo, que o amor nos basta. Não, há outras coisas.
Sempre me peguei pensando:
- O que tenho a oferecer ao mundo? Às pessoas?
Não há nada de errado nisso, mas também é preciso se perguntar de vez em quando:
- O que o mundo e as pessoas têm a me oferecer?
Assim como também é preciso entender que não há nada de errado com a torta de blueberry.
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