Como é que se diz "eu te amo" [1]
Fui preparar a minha pseudo-janta antes de ir trabalhar. Escolhi um tapeware simpático de tampa branca e tamanho bom - adequado a minha porção peso-pena, mas sem frango. Ia ficar muito bom se estivesse morno. Bom, tem microondas lá. E formigas não tão simpáticas. Só formigas.
Peguei qualquer coisa de sobremesa. Qualquer coisa nada: uma bela barrinha de hersheys cookies branco com biscoito. Era isso? Que diferença faz o nome se o gosto é tão bom? Um suco, um guardanapo. Nenhuma companhia. Nenhum drama. As formigas nada simpáticas - entrando pela minha bolsa! - me fazem companhia.
O garfo.
Tem um saquinho cheio de garfos descartáveis em algum lugar. Achei! Penso em você. Puxa, mais um garfo de plástico. Petróleo pretróleo petróleo. Os espíritos ancestrais de todos os fósseis parecem me perguntar:
- Descartável?
Fuço na gaveta e encontro pequenos garfos de sobremesa - perfeitos para o tamanho de minha bolsa. Um garfo de plástico descartável a menos. Okay. É só um, mas e daí? Coloco o alegre garfinho junto com a pseudo-marmita. Vou trabalhar pensando em você e no mundo não-descartável que deixaremos para os nossos filhos.
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