Eu não queria ser Gisele Bündchen

Não acho a Gisele Bündchen a mulher mais bonita do mundo, mas ela é, sem dúvida, um sex symbol e muito admirada por homens e mulheres. Assim, a despeito de eu não concordar com a maioria, reconheço facilmente o lugar que ela ocupa no imaginário popular. E justamente por isso a última campanha da Sky me incomoda tanto.

O cara fica meses fora e quando volta só quer saber de TV a cabo? Claro que existem outras coisas além de amor, sexo e relacionamentos em geral, outras coisas na vida mas... televisão? 

Eis as possíveis interpretações:

(a) A programação da Sky é tão boa que até Gisele é deixada de lado;
(b) O cara que volta de viagem é um boboca ao trocar sua mulher pela televisão;

Mas o que me grita é:

(c) Não importa quem você seja: se Gisele que é Gisele não consegue a atenção do sujeito, quem conseguirá?

Em suma, perturbador, principalmente porque sei que esse lance de deixar o parceiro de lado por atividades duvidosas (televisão para mim é uma delas) não é incomum.

Me coloquei no lugar dele e dela: voltando de viagem, passaria um bom tempo agarrada ao meu companheiro(a), fosse quem fosse, sem me importar com a quantidades de canais da Sky ou com a qualidade dos mesmos. Mas de repente isso não é comportamento padrão... Devo estar desatualizada nessa área pelo jeito...


Comentários

hugo disse…
Acho que a mensagem principal é a "a", mesmo, mas não dá pra ignorar a "c". Decidiram falar com os homens, nesses comerciais ("a"), dando uma cutucadas nas mulheres ("c"). Não dá pra esquecer que a Gisele é mostrada, nas duas situações que vc linkou, em atividades domésticas, né? Pros homens isso é só uma piadinha, mas, pras mulheres, é uma mensagem conformista. (e, sem querer ser chato, mas acho que o homem não está voltando de viagem, mas de uma separação - a música do Roberto reforça isso)
Anônimo disse…
bingo, Larissa!!!!!

clelia, tia

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