A verdade não sai da minha boca
Gosto de ondas e elas gostam de mim. Ao menos nos encontramos com alguma frequencia e nossa convivência tem se mantido pacífica nos últimos meses.
A onda do momento é o "de verdade". Poderia dizer que a verdade não sai da minha boca, pois várias coisas que digo são acompanhadas por "de verdade": namorado de verdade, cinema de verdade, frango de verdade, motorista de verdade... Hoje mesmo soltei a pérola:
- Foi a primeira vez que brinquei com um gato de verdade.
(o delicioso Rudá)
E obtive como resposta:
- Mas você já brincou com muitos gatos de mentira?
Pausa.
- Não, acho que nunca brinquei com nenhum gato de mentira.
Fico pensando o que será que essa coisa do "de verdade" representa para mim. Acho que mostra que algumas coisas não parecem ser o que são ou deveriam ser a princípio. E você só vai saber que não eram tudo aquilo quando viver ou conhecer um pouco mais... Do quê? Da vida, dos sabores, dos perfumes...
Mas quanto ao gato... Bom, foi a primeira vez que acarinhei um gato sem medo. A ausência do medo seria a tal verdade?
Ouvindo Interstate love song (STP)
Comentários
Clelia, tia