Platão, moço, o que faço com você?
A pergunta vinha quando não sabia o que fazer consigo mesma. Na verdade, sabia bem. Sabia o que tinha que ser feito. Sabia e fazia. Disseram-lhe que era hora de refletir. Bom, ela sempre refletia e decidia... Deixar no campo das ideias, porque trazer para o mundo real... Ah, meu bem.
Então...
A pergunta vinha quando ela não sabia o que fazer com você, Platão, que lhe falou do mundo das ideias e da idealização. Ora, o seu problema não era com a idealização, mas simplesmente com tudo aquilo que ficava tão melhor quando não posto em prática, quando não era transformado em ação.
Ela bolava o plano. Ela tinha a ideia, a vontade, o insight. Aí ponderava, analisava, pensava no depois, na consequência, tinha juízo, bom-senso... Ela era racional, pé no chão, a menina Terra do Caetano e tudo isso para...
Um dia lhe disseram que a gente precisava sempre ser o par maduro. Disseram-lhe isso em relação ao trabalho, mas e quando assumiu isso para vida? Ela torce o nariz, mas internamente já deu o veredicto. E olha com pesar...
Não é que aquilo tirasse a graça da vida...
É só que...
Nem sempre era fácil fazer o que era certo. Aquilo que precisava ser feito.
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