20 e poucos anos: O meu, o seu, o nosso

E Lô voltava à mesma conversa que me parecia insurportável:

- Até quando você vai ficar sem falar com o seu pai? - ela me perguntou muito séria.

- Não sei, quase perdi a cabeça. Ele não tinha o direito de ter feito o que fez...

- Mas ele é humano não? - ela tentou explicar.

- E desde quando o fato de sermos humanos justifica os nossos erros?

- Não tô falando que justifica, Raul, só tô te pedindo pra tentar enteder o lado dele...

- E o meu lado, como fica? Como você acha que eu tô me sentindo?

- Você está sofrendo: tá na sua cara e nas olheiras que anda exibindo por aí.

- Exato, tô péssimo.

- E você já parou para pensar que ele tá sofrendo tanto quanto você?

Ouvindo Perdidos no espaço (Legião Urbana)

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