Caindo na real (1): Ele nunca vai olhar para você
Eu devia estar no auge dos meus treze anos quando a ficha caiu:
- Caio Blat nunca vai olhar para você, não importa o que as revistinhas teens digam.
Caio *suspiro* Blat |
Okay. Não foi um choque e eu já estava velha para esse tipo de leitura. Decidi, então, me aventurar por um caminho alternativo e apaixonante: o da literatura. Quando ao Caio, desencanei na ideia de um dia conhecê-lo e já estava tentando tornar concretos outros planos mais paupáveis - e abraçáveis.
Confie no seu taco era um dos clichês motivacionais de Capricho & Cia, não sendo válido quando o quesito é Caio Blat ou qualquer outra celebridade que nos interesse. Óbvio, eu sei, meus caros.
Tacos |
Nem sempre tem alguém para nos puxar a orelha, então é sempre bom ter estômago, boa visão e coragem para dizer:
- Ele nunca vai olhar para você.
Afinal, por que a rejeição não poderia partir de caras reais também? Aliás, isso me lembra um filme interessante que trata de um assunto próximo: "Ele não está tão a fim de você" (2009). Creio que toda mulher acaba passando por isso pelo menos uma vez na vida. E bola para frente que eu quero fazer gols.
É uma verdade doída - ego e coração (às vezes mais um do que o outro) - mas necessária, caso a gente queira mesmo fazer as coisas acontecerem de verdade - e correr atrás de que interessa, a quem sejamos interessantes e que possa dar certo.
Não adianta desperdiçar a existência esperando (hoping/ waiting) alguém que nunca vai olhar para você, quando sempre vai haver outra pessoa para saber qual o seu sorvete preferido. A Danusa Leão, de quem não gosto, falava que um cara que pergunta da sua cicatriz no joelho é irresistível, porque, de algum modo, ele reparou em você. Concordo. O mesmo ocorre com um cara que saber qual o seu sorvete preferido, mesmo sendo uma coisa tão banal.
Não adianta desperdiçar a existência esperando (hoping/ waiting) alguém que nunca vai olhar para você, quando sempre vai haver outra pessoa para saber qual o seu sorvete preferido. A Danusa Leão, de quem não gosto, falava que um cara que pergunta da sua cicatriz no joelho é irresistível, porque, de algum modo, ele reparou em você. Concordo. O mesmo ocorre com um cara que saber qual o seu sorvete preferido, mesmo sendo uma coisa tão banal.
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