20 e poucos anos: Desejo veronil
O mosquitinho rodava ao meu redor. Parecia interessado no que eu lia escrevia rabiscava desenhava desejava. Pousou na minha mão e deixei que subisse pelo meu braço. Gostava de senti-lo, apesar do peso insignificante. Não importava quem era: sabia e sentia que estava lá. Voou e pousou de novo. Dessa vez no meu ombro. Cócegas.
- Como eu queria que fosse outra pessoa a passear por aí... - murmurei sorrindo.
- Você disse alguma coisa? - perguntou Raul, sonolento, no sofá da sala.
- Nada,fica quieto e dorme aí.
Ouvindo Life goes on (The Sundays)
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