Feliz Natal [2]: Os cartões
Ela sorriu para a sacolinha da papelaria. Seus cartões de natal tão desejados. Olhou a listinha com os nomes para quem os mandaria. Os envelopes vermelhos seriam os primeiros a saudar, contentes, os seus destinatários. E quem seriam? Aqueles que faziam parte de sua história. Ela torceu os dedos e torceu para que os cartões chegassem antes do natal.
Disseram-lhe que ninguém mais enviava cartões de natal.
- Eu sei - ela sorriu - Mas não é por isso que vou deixar de mandar.
As pessoas mandavam e-mails e mensagens natalinas por meio de mídias sociais. E era válido. Mas, para ela, os cartões eram sagrados. E ela prezava as mensagens individuais com sua letra cursiva e redonda. O carinho pausado e pensado em cada palavra. O pessoal não-partilhado.
Era o seu amor expresso não em prosa ou verso, mas em cartão - ou risada de Papai Noel.
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