Da humanidade

Escrevi um texto, embalada pela raiva. Muito ruim isso, digo, as palavras fluem que é uma beleza, mas tomada pela raiva pela tristeza dia 25/12 - ainda mais em relação a alguém de quem gosto, apesar de uma série de coisas? Não me importa que esse dia seja apenas simbólico, mas se eu não me esforçar por ser uma pessoa melhor hoje, como posso querer ser alguém melhor nos outros 364 dias?

Escrevi e salvei como rascunho. Estou chateada, discordo de tudo o que foi dito, admiti meu erro e me desculpei. Mas o outro está tomado pelo sentimento de vitimação (entre outras coisas), então, não há nada que eu possa fazer. Saí como vilã da história e acho que não me cai bem esse papel - não na atual condição. Ser uma caricatura tem um gosto estranho...

Escrevi e apaguei o texto. Depois de e-mails e coisas mal-explicadas e tensão e todas essas coisas doces, bem próprias dessa época do ano, decidi que isso morre aqui. E morre em mim. Fiz algumas escolhas erradas esse ano e aprendi o bastante para saber que tem coisas que é melhor não dizer. Então morre aqui.

E o fato de eu ter abaixado a pedra, quando estava prestes a lançá-la, bom, se, por um lado, é uma vergonha ter querido lançá-la (também um lembrete de que sou humana e preciso me educar para uma série de coisas), por outro, ter refletido e abaixado a tal pedra me fez bem, pois não quero machucar (mais ainda) esse outro nem duvidar de quem sou e dos meus valores e princípios.

Acho que aprendi algo em 2009, o que me motiva para o que vier em 2010.

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