É tudo culpa do sistema! (não, não é o capitalismo)

"Pane no sistema", avisou Pitty logo que chegamos.
Quantas vezes nós já não ficamos horas e horas em filas esperando e, na hora H, o tal do sistema tinha caído. Desde as tarefas mais prosaicas (eu não consigo mais carregar bilhete único, é uma coisa incrível!) até a retirada de documentos importantes, como foi o caso de ontem. Passei três horas esperando o sistema voltar a funcionar, sem saber se isso ia chegar a acontecer. Desisti e voltei para casa sem nada, só com um passeio no metrô com direito a micaço (sim, minhas histórias sempre acontecem em trem/ metrô).

(para que esperar aquilo que você não sabe se vai chegar?)

O que me dói é que foram três horas da minha vida desperdiçadas: como era só retirada e eu cheguei cedo, não levei livro nenhum (lágrimas) nem MP4 nem nada. Okay, eu estava em boa companhia, mas mesmo assim.

Detalhe: eu estava lá só para a retirada do documento. E, ainda assim, tudo dependia de um sistema (que nunca falha, mas resolveu falhar ontem). E dá-lhe Lady Murphy! E dá-lhe ligação para Brasília! E o pobre menininho coreano cansou de esperar com os pais. Sim, a família coreana também fora retirar seus documentos.

O que me choca é pensar que eu, uma reles mortal, sempre tenho, pelo menos um plano B - quando não um C, D, E e F - mas aquele orgão público simplesmente não tem (e olha que é um orgão grande...). Um rapaz, irritado, comentou que, antes, para a retirada do tal documento só era necessário o comparecimento e a apresentação do RG original. Depois que informatizaram tudo, o sistema se tornou essencial: eu estava lá com meu RG e o documento pronto para ser entregue, mas havia algo entre nós. O sistema. Algo que deveria facilitar acabou não dificultando, mas impossibilitando que as coisas acontecessem.

Ao informatizarem tudo, ficamos nas mãos de máquinas, tecnologia e outras coisas que sim, me desculpem, falham! Menos do que humanos, mas estão sujeitas a falhas de qualquer modo. Quando falo nas "mãos de" não estou pensando em nada do tipo "as máquinas vão dominar o mundo, cruzes!", mas sim em "a tecnologia é desenvovlida por seres humanos, que são falhos, logo, normal que tenham falhas."


E mais falhas ainda o ser humano mostra ter quando não cria um plano B. Uma questão de puro bom senso.

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