Alice e Lucy: um pé no surrealismo
Dalí e Diná |
Terminei de ler Alice in Wonderland entre uma pedalada e outra. Gostei bastante. Todo mundo me falava desse livro e eu o tinha há algumas eras. Criei vergonha da cara e o li em um pouco mais de uma semana - embora pudesse ter lido em menos tempos, pois o livro é beeem curtinho.
Realmente a viagem de Alice é uma viagem. Gostei especialmente dos jogos com palavras e linguagem, além de ter achado um barato como todo mundo tira uma com a menina. Sério. Queria aprender a dançar a quadrilha das lagostas. Alguém topa?
Quem me decepcionou foi a Rainha de Copas, que não é tudo isso no livro. O desenho da Disney também perde um pouco a graça.
Enquanto acompanhava suas peripécias, não pude deixar de pensar na canção dos Beatles Lucy in the sky with diamonds, que também é, convenhamos, uma viagem - LSD.
"A girl with kaleidoscope eyes"
Para mim, as duas, Alice e Lucy, têm um pé, se não dois, no surrealismo e não me é difícil imaginá-las em alguma obra do meu queridinho Salvador Dalí. Maionese pura. Alice e Lucy são duas garotas em mundos extraordinários, cheios do improvável e do impensável. São mundos interessantes, onde praticamente tudo parece ser possível e nada é previsível.
E, por tudo isso, não entendo porque três amigos meus acham que eu lembro a Alice, quando sou arroz com feijão, assim como é minha vida (e não, isso não é um problema). Acho que é o lado surreal deles, vendo coisas que não existem.
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