Quinzinho e a Química [2]
E era sempre aquele papo de dessanilização da água. Precisa de água doce, então faça agua doce, oras!, pensava ele. E passou anos em seu laboratório, repetindo sempre o mesmo processo: era seguro e o resultado garantido, pois Quinzinho sabia muito bem o que estava fazendo e já fazia aquilo há tanto tempo que nem se lembrava mais. Era a receita infalível.
Mas, um dia...
Fez vinte e cinco anos. Cansou da água, embora não de sua mutabilidade. Destrancou um antigo baú com uma antiga chave, cuja cópia derretera há algum tempo. De lá, tirou um antigo jogo de química com inúmeros frascos, recipientes, líquidos coloridos e aromas.
Colocou-os todos gentilmente sobre o balcão de fórmica fria e pôs-se a experimentar. Não teve medo: as explosões fariam parte da brincadeira. Mesmo porque, haveria descobertas diversas - ele bem o sabia.
[o Empirismo era uma benção]
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